06/02/2014

Expedição solo Porto Alegre - Pelotas (parte 3)

Etapa Arambaré - São Lourenço do Sul (2 dias)

Não se preocupe com a distância entre seus sonhos e a realidade. 
Se você pode sonhá-los você pode realizá-los. (Belva Davis) 


Na quinta-feira a tarde cheguei em Arambaré bem cansado, então resolvi ficar um dia parado por lá. Só iria remar sábado pela manhã. Aproveitei o tempo para conversar com algumas pessoas no camping, conhecer um pouco da cidade, sua praia e suas famosas figueiras... Conheci bastante gente por lá, queriam saber de onde eu vinha, pra onde ia, me deram dicas, me contaram histórias sobre os barcos e a lagoa... 

(Eu estava no camping, olhando para a ponte sobre o Arroio Velhaco)

(Um lagarto que vivia no camping...) 

(Início da ponte sobre o arroio Velhaco. Como só passa um carro por vez, ela tem uma sinaleira.)

Fui conhecer a a maior figueira do estado, a Figueira da Paz, com aproximadamente 141 m de perímetro. Sua copa abrange um raio de 50 m e a circunferência do tronco é de 12 m. Com idade aproximada entre 400 e 700 anos.





A praia também é bem limpa, bonita e com uma boa estrutura.



Na sexta-feira a noite, uma grata surpresa: os amigos Damor e Lúcia apareceram lá no camping para me fazer uma visita. Saímos para jantar, conversamos bastante e combinamos que o Damor me ajudaria a levar o caiaque até a água no sábado bem cedo. Valeu Damor e Lúcia!

Sábado, antes do sol nascer, eu já estava colocando o caiaque na água. Nem tomei café, pois queria aproveitar a lagoa mais calma. Junto comigo estavam os amigos Damor e o Bira (velejador que passava as férias num treiler no camping). Conversei um pouco com eles e já estava remando...

Deste momento em diante sempre usei os óculos escuros, os quais não tinha usado até o momento.



Tentei achar a tal barra da Lagoa do Graxaim... que nada... Só consegui me localizar quando cheguei no pontal Dona Maria.


Em todo esse trecho tinham várias fazendas e casas na beira da lagoa. O barulho dos pequenos aviões nas lavouras me acompanharam até São Lourenço do Sul... Encontrei algumas pessoas pescando, mas não me deram muita conversa...

Tomei uns 2 saches de Maltodextrina no meio da manhã. Esses saches são rápidos e fáceis de consumir sem ter que sair do caiaque...  No meio da tarde parei para comer um pouco... desta vez tinha até sobremesa...





No meio da tarde passei pelo camping que existe no antigo engenho do IRGA (Instituto Rio Grandense do Arroz). O camping estava lotado. Eu devia ter parado ali, mas resolvi continuar para ganhar distância.

Acabei parando logo após contornar o pontal do Vitoriano. Depois de ter montado todo o acampamento, escuto um barulho de motor... na dúvida eu já estava com o facão na mão... mas eram apenas dois caras de moto, fazendo trilhas pela beira da lagoa... Eles foram, voltaram, e tudo ficou tranquilo novamente.

Neste lugar, o vento estava muito forte, diversas vezes tive que sair da barraca e colocar mais areia sobre a lona para que ela não saísse voando...





No outro dia, acordei cedo... O objetivo era conseguir chegar a São Lourenço do Sul... Passei pelo rio Camaquã... não consegui ver muita coisa... Depois disso avistei meu destino ao longe, apontei o caiaque e andei muito tempo longe da margem... estava vendo a praia da Barrinha. Cheguei cedo na cidade... A praia do hotel das Figueiras estava lotada.




Antes de entrar no arroio que tem o mesmo nome da cidade, parei numa prainha, telefonei para a família, conversei com um pessoal que estava por ali, tiraram algumas fotos... Arroio a dentro eu fui remando até chegar na casa de familiares... consegui ajuda para levar o caiaque até dentro da casa... A única dificuldade foi sair do arroio, pois tinha muito junco na margem. 

(Foto tirada pelo Elio Pereira.)

Passei o resto do dia e aquela noite no maior conforto, com direito a piscina, cama, banho quente, janta e café da manhã. Valeu Margô, Martha e Vilson!

Para o caiaque ficar mais leve, deixei algumas coisas por lá. Coisas que sabia que não seriam necessárias para minha remada de um dia até a praia do Laranjal.

O trecho percorrido nesses dois dias foi mais ou menos o que está marcado no mapa:


Faltava apenas o trecho São Lourenço do Sul - Laranjal, que eu já tinha feito duas vezes a cavalo (Cavalgada da Costa Doce) e uma vez caminhando com os colegas do SERPRO. 

3 comentários:

  1. E enquanto isso eu com muita saudades....contando os dias p te ver....

    ResponderExcluir
  2. Rapaz... és um felizardo por poderes fazer passeios assim. Essa região da Lagoa dos Patos...São Lourenço do Sul é meu chão. Volta e meio estou por lá. Ver tudo desde um barco deve ser empolgante.
    Gostei da tua narrativa. Que tenhas muitos outros bons passeios! E nos conte!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, muito obrigado. Estamos sempre em busca de novas remadas... São Lourenço é uma região linda... dentro e fora da água... Abraços

      Excluir