A aproximação é sempre mais bela que a chegada. (Henri Alain-Fournier)
Não existe início ou chegada, só o caminho. (Poder Além da Vida)
Lutarei contra a maré se preciso for, até chegar ao meu objetivo,
porque acredito em mim, sei que sou capaz e que posso
irei até o meu limite para prosseguir, até que me provem do contrário,
não irei desistir. (Leny Borges)
Lutarei contra a maré se preciso for, até chegar ao meu objetivo,
porque acredito em mim, sei que sou capaz e que posso
irei até o meu limite para prosseguir, até que me provem do contrário,
não irei desistir. (Leny Borges)
Era segunda-feira, já fazia uma semana que eu estava remando...
Depois de descansar e tomar um bom café, carregamos (eu e o alemão Vilson) o caiaque bem mais vazio (e leve) até o arroio. Eram oito horas da manhã eu já estava remando... não tinha certeza se chegaria no Laranjal ainda com sol, pois, para mim, 60 km era uma distância muito grande.
Inicialmente, o arroio estava liso naquela manhã. No entanto, ao chegar perto da lagoa, já comecei a sentir o vento e as pequenas ondulações na água.
Depois de um tempo remando o tempo melhorou, o sol apareceu... passei pela entrada do arroio Grande e depois pelo arroio Corrientes... desta vez foi bem mais fácil que da vez que estávamos caminhando... as passagens pelos arroios tiveram que ser bem abertas, visto que tinham grandes bancos de areia.
Fiz um lanche rápido, de 20 minutos, antes mesmo de passar pelo Corrientes e entrar na ilha da Feitoria. Tive que parar para fazer o lanche, pois já estava fraco, sem energia para remar...
Depois de entrar na ilha, saber exatamente onde eu estava, recarreguei as baterias. Cheguei até a grande figueira, na qual paramos da outra vez...
Quando passei pela feitoria, tive uma triste surpresa: o antigo prédio havia sido derrubado e um novo construído no lugar.
Um vento sudoeste começou a me ajudar nesse momento... cheguei na ponta sul da ilha da Feitoria, um barqueiro da Z3, parado bem na frente da antiga igrejinha, me ofereceu carona, mas não aceitei... ele me avisou que o tempo estava virando, mas mesmo assim resolvi ir remando... Pensei: não cheguei até aqui para desistir agora... Depois só escutei ao longe ele falando para uma outra pessoa dentro do barco: - o cara deve estar pagando alguma promessa.
O tempo estava piorando mesmo, eu apontei o caiaque para a Z3 e remei bem longe da margem, tentando ganhar distância mais rápido... quando estava passando a Z3, resolvi voltar para perto da margem, caso começasse a cair alguns raios...
Eu não conseguia ver o Laranjal ainda, mesmo não estando tão longe... neste momento eu já não estava mais muito preocupado, pois sabia que em algum momento eu iria chegar...
Nesse momento, vi ao longe dois caiaques vindo em minha direção: eram os amigos Joel e Giovani. Eu tinha combinado com o Joel, que estaria chegando em Pelotas no final da tarde e ele se ofereceu para remar os últimos quilômetros junto comigo... eu aceitei prontamente... mas até aquele momento não tinha certeza se ele iria, pois havia se machucado com a mordida de um cachorro.
Conversamos e fomos remando, passamos pelo Barro Duro e logo eu já conseguia ver o Laranjal. O tempo havia melhorado e as ondas nos carregavam para o fim da jornada... fomos remando até o trapiche e paramos bem na frente da Pro Wind.
A expedição havia terminado com sucesso!
O planejado foi realizado!
Liguei para a família, para que trouxessem o carro até ali... agradeci o apoio nos últimos quilômetros e me despedi dos amigos de remo, levei o caiaque até em casa. Valeu Joel e Giovani!
O trecho percorrido nesse dia foi mais ou menos o que está marcado no mapa:
Fiquei alguns dias em Pelotas. Na volta para casa, coloquei o caiaque em cima do Sandeiro, uma chuvarada braba. Tive que passar por São Lourenço do Sul para pegar as coisas que deixei lá. Cheguei em Porto Alegre, depois de cinco horas de viagem. Para encerrar, deixei o caiaque no box, lá no clube GPA.
Sensacional.
ResponderExcluirUma expedição 'solo' destas, dá pra lembrar um pouco do Amir Klink.
Muito pouca gente fez e viu o que tu vui.
Pablito, parabéns pela coragem.
Abraço.