6º dia - 14/01/2016
Um mestre é um farol orientador,
um ponto de referência no caminhar,
mas o caminho é de cada um.
José do Egito
Foram 52km neste dia. |
O vento havia acalmado, então era dia de nos despedirmos do Farol da Ponta Alegre... A noite permitiu algumas reflexões interessantes: apesar de, no dia anterior, ter sido muito cansativo carregar os caiaques pelos 5km, a pouca quilometragem nos permitiu passar bastante tempo conhecendo o farol. Acho que subi umas 3 ou 4 vezes nele.
Com a calmaria do vento a água recuou vários metros, o que é fácil de perceber nas imagens...
Depois de tudo pronto, acampamento levantado, remamos para o Sul, por uma grande costa chamada Solidão, onde realmente não tinha nada. Depois de muitos quilômetros chegamos no Arroio Bretanha, onde o Anderson sabia que existia uma casa de máquinas bem na boca do arroio... Algumas casas de máquinas ficam sem ninguém cuidando, mas a maioria precisa de pessoas vigiando para que as máquinas não sejam roubadas. Fomos lá, pedir água... A dona da casa, chamada Eliane, nos recebeu super bem, nos recarregou todas as garrafas de água (ela não tinha água encanada, busca galões grandes de uma vila próxima) e ainda nos deu um pão caseiro...
Pablo, Eliane, Anderson e Suedson. |
Depois da parada, seguimos em frente, rumo a fronteira com o Uruguai. Fizemos ainda uma parada para descansar e comer alguma coisa...
Neste dia consegui usar a vela, até pegar umas ondas...
Final do dia estávamos quase na fronteira, em uma pequena praia antes do Rio Jaguarão. Tinha uma família tomando banho por lá. Conversamos com eles, mas logo eles foram embora. Arrumamos o acampamento e aproveitamos para descansar, em uma noite sem quase nada de vento.
No final do dia, estávamos quase vendo o Rio Jaguarão...
7º dia - 15/01/2016
O mundo não deve ter fronteiras, mas horizontes.
Primeiro o marco de fronteira brasileiro. Até saí do caiaque, era raso...
Depois o marco de fronteira uruguaio. Também era raso, mas dessa vez não saí do caiaque...
Já estávamos em águas uruguaias, rumo ao balneário de Lago Merín... O Anderson já tinha ido lá de carro... Antes de chegar lá, paramos para um descanso na Punta Muniz...
El balneario se encuentra situado en el extremo noreste del país, a poco más de cien km de la ciudad de Melo, sobre la Laguna Merín -el punto más al este de Uruguay- entre las desembocaduras de los ríos Yaguarón y Tacuarí. El balneario se encuentra inmerso en una de las más importantes zonas arroceras del país y de explotaciones ganaderas. Se comunica con la ciudad de Río Branco a través de una carretera secundaria.
A chegada em Lago Merín foi um tanto quanto tensa... Logo que nos aproximamos da areia, vejo alguns hermanos da prefectura nos olhando de binóculo... no início era apenas 1, depois 2 e 3... Eu fiquei bem apreensivo, pois não sabia se estávamos fazendo algo errado ou não... Tinha medo que a expedição acabasse ali... Logo paramos para fazer um lanche em um bar que tinha na beira da Lagoa...
Eu não consegui aproveitar muito a passagem por Lago Merín... estava nervoso... Já o Anderson parecia bem tranquilo... Só fiquei mais calmo depois que saímos de lá... Na saída um pessoal disse que havia nos visto no Jornal do Almoço e nos desejou boa expedição...
Passamos pelas ilhas uruguaias (Isla Libertad, Isla Zanjón, Isla Sepultura, Isla Confraternidad) e pela ilha brasileira (Ilha Grande do Taquarí). E logo que fizemos a curva na Punta Rabotieso, procuramos um local para acampar...
A lagoa estava muito tranquila, parecia um espelho...
Mas foi só o sol se esconder que o vento soprou forte e não parou mais... Ainda bem que já havíamos montado a barraca bem protegida, perto de umas árvores...
Estávamos na Punta Rabotieso, nossa primeira noite em terras uruguaias...
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