(40 km, do Cristóvão Pereira até a Ponta São Simão)
Dia 8 (11/01/15): No início do dia, com menos de 10 minutos de remada, chegamos ao famoso Farol Cristóvão Pereira. Paramos por lá, fizemos o reconhecimento da área, tiramos algumas fotos e logo seguimos remando. Infelizmente até as paredes que rodeavam o farol estão pichadas... o pessoal não respeita nada.
Saindo do farol, remamos toda manhã, continuando até as 15 horas, quando chegamos no famoso "Porto do barquinho", construído a 12 km de Mostardas, pelo Governo do Estado, para escoar a produção de arroz e cebola de Mostardas. É um porto deserto, fantasma, não tem nada... Estava um dia de muito vento contra (vento Norte ou Nordeste), mas dentro do porto era tudo muito abrigado.
No fundo do porto havia um veleiro e então nos aproximamos para conversar. No veleiro esta um um casal com sua filha, era o Adriano a esposa e a filha Mariana Marcelino.
Eles nos ofereceram algo pra beber, uma cerveja ou água. Eu olhei para o Anderson e perguntei: o que vamos tomar? Eu vou querer uma cervejinha! Parecia uma miragem aparecer aquela cerveja gelada lá no Porto do Barquinho...
Tomando aquela cerveja bem gelada, batemos um papo legal, descobrimos alguns amigos em comum lá no Belém Novo: Luan e Beto Zaccaro...
Mas, remar bêbado não dá certo, então tomamos aquela, conversamos mais alguns minutos e seguimos em frente. Em seguida, o Adriano pegou seu bote a motor, saiu do porto, e foi nos entregar uma sacolas de frutas, nos deu e falou: você podem precisar.
Gente finíssima... ainda passarei na sua farmácia aqui no Belém Novo, em Porto Alegre, para agradecer e conversar mais um pouco...
(Foto enviada pelo Adriano)
(Foto enviada pelo Adriano)
O Sr. Jorge, para quem eu fiz a pergunta, nos convidou para entrar em sua casa e depois nos ofereceu um café... Enquanto eu tomava café, o Anderson namorava no telefone... depois ele foi tomar café também... registrei o momento... e até a lavação da louça.
Ficamos preocupados que viesse um novo temporal, mas Sr. Sergio , que possuía ponte de safena nos disse para não ficarmos, pois não iria chover: quando vai chover as molas do meu coração tremem. E realmente não choveu!
Da casa deles conseguimos ligar e avisar nossas famílias, dizer onde estávamos... ainda ajudei a desatolar um carro...
Na saída, eles nos falaram de um tal João Braga, pescador que era seu vizinho e estava pescando lá pras bandas da ponta São Simão... ele tinha uma bolanta por lá.
Saímos dali em direção a Ponta São Simão. Lagoa totalmente lisa... tipo depois de temporal.
Acampamos logo passando da ponta, depois também da bolanta do João Braga... quando passamos por ela não havia ninguém... já era tarde quando começamos a montar acampamento, umas 20 horas... tivemos que carregar os caiaques morro acima...
Aliás, essa era uma rotina que repetíamos todos os dias... pela manhã carregar as embarcações para água... e no final do dia, depois de quase 8 horas de remo, levar eles morro acima, até algum lugar seguro...
O João Braga chegou mais tarde na sua bolanta, passou por nós, conversou um pouco, e disse que estava a disposição se precisássemos... Agradecemos, montamos um acampamento bem abrigado do vento e nem fomos incomodá-lo. Aquela noite teve muito vento e um pouquinho de chuva... quase nada...
Novamente a lagoa nos proporcionou um dia especial... receber cerveja e frutas da família do Adriano... depois ver que em uma casa super simples, de chão batido, nos receberam e colocaram tudo de melhor para tomarmos café... Gente simples, coração gigante... Não esqueço das palavras do Seu Sérgio: a gente está nesse mundo é para se ajudar... Que baita lição aprendi, pra vida toda.
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