Dia 12 (15/01/2015): Acordamos cedo, a Lagoa estava lisinha... bastou nos arrumarmos e colocarmos os caiaques perto da água que tudo mudou e a Lagoa ficou virada: chuva e um vento Sudeste...
Pelas 8 da manhã, passamos no mercadinho do Camping e compramos alguns pães e um patê... Ficamos comendo, enquanto aguardávamos o tempo feio passar... Depois ficamos no quiosque, ganhamos um pedaço de bolo de presente da mãe do Andrei... Ficamos lá esperando, enquanto eles faziam a faxina, depois que o temporal da tarde anterior sujou tudo...
Acabamos saindo do Camping somente perto do meio dia, por causa do tempo feio... Aquela agonia de não estar remando estava nos incomodando, até que, mesmo com o tempo muito ruim, fomos para a água.
No dia anterior traçamos a meta de chegar no morro da Formiga, logo depois da travessia do Guaíba. Entretanto, com muito vento contra, remamos perto de 23 km, até o Parque Estadual de Itapuã. Foi um dia bem complicado (acho que o pior dia de toda a remada), pois além de bastante vento e ondas, haviam poucos locais para pararmos: era tudo junco e depois banhado...
O Anderson estava bastante desanimado... a cada parada ele reclamava bastante... Numa parada, ele dormiu quase uma hora enquanto eu fiquei olhando no GPS as informações de distância... Eu buscava alguma forma de motivar ele, para que pudéssemos remar mais e sair daquela situação complicada... a gente tinha que sair de lá... Ele estava querendo acampar em um dos pontos que paramos... mas consegui animar o cara e convencê-lo a seguir...
Estava muito ruim de remar... não conseguíamos sair da margem, muitas ondas quebrando em cima, sem uma zona de impacto definida... quebravam em tudo que era lugar e nos jogavam pra cima dos juncais...
Remamos e perto da umas árvores que víamos de longe eu subi numa morreba para ver se conseguia ver o outro lado (Praia de Fora)... consegui e isso me animou... acenei para o Anderson que remava muito aberto, voltei para o caiaque e remei até a ponta das Desertas...
Tinham alguns barcos de pesca por lá... eu já ia tocando remo pois não tinha gostado da cara dos pescadores, mas eles falaram para esperar o amigo... esperei um pouco o Anderson se aproximar.... mas antes de ele chegar até mim, voltei a remar..
(Olha a alegria de chegar na Ponta das Desertas)
Finalmente passamos a Ponta da Desertas, o vento que era contra ficou a favor e tivemos algumas horas de remada tranquila...
O passaredo nos deu as boas-vindas ao Parque de Itapuã...
Paramos ainda para tirar uma foto... mostrando os dois lados da Ponta das Desertas... olha a felicidade dos coitados, depois de ter saído do Saco do Inferno... hahahaha
E depois mais uma boia em terra... Boia 94.
Com ondas e vento ajudando muito, andamos 7 km depois da ponta, em menos de 1 hora.
Acampamos na Praia de Fora, dentro do Parque de Itapuã... o final de tarde estava show, o acampamento foi bom.. sem nada de chuva... Até hoje não sei se a gente podia ou não ter acampado neste local... pois parece ser dentro do Parque...
A Praia de Fora, um local muito bonito, com vista para os morros de Itapuã... No entanto, sua margem foi o local mais sujo pelo qual passamos... muito plástico, garrafas, sofás, TVs... Fizemos a nossa parte, nunca deixamos nada na Natureza...
Segundo o GPS ainda faltavam 8,5 km em linha reta até o Farol de Itapuã.
Essa é uma dica bem boa: pegar um celular velho, instalar o Maverick, baixar os mapas... Eu só ligava o celular quando queria saber minha posição... foi muito útil.
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