(Trajeto do 7º dia, saindo do Pier Brum, passando o Capão da Marca, uma prainha de Tavares e chegando ao lado do Cristóvão Pereira)
Dia 7 (10/01/15): Depois de desmontar acampamento, saímos do Pier Brum e seguimos em direção ao Farol Capão da Marca, um outro importante ponto nessa nossa trajetória pela Lagoa... Encontrar o Capão da Marca e quem sabe chegar ao Cristóvão Pereira, nosso objetivo naquele dia, nos daria ainda mais ânimo para continuar a jornada...
Por não termos ideia do seu tamanho, achamos que iríamos ver o Capão da Marca de muito longe... que nada... ele fica pra dentro, em terra, e nem é tão grande, rodeado por altas árvores.
Chegando lá, o Anderson foi sair do caiaque em direção ao farol e quase foi atropelado por uma camionete... ele não olhou pros lados e havia uma camionete passando em alta velocidade pela beira da Lagoa, que também não parou... Passou bem perto dos nossos barcos.
Continuamos a remar mais uns 500 metros... Próximo de uma pequena praia, havia uma moça tomando banho que levou um susto (ou realmente ficou com medo) ao nos ver chegando de caiaque, e saiu caminhando rápido na direção das casas.
Eu saí para tentar conversar, chamando ela. Mas para não ficar chato, acabei não seguindo ela... fui na casa ao lado de onde a moça entrou... Lá, perguntei se havia algum restaurante, bar ou venda por perto. A conversa iniciou e logo o Sr. Ismael ficou interessado em nossa história: “Mas, vocês estão vindo de onde?” “Vocês parecem estar com fome!” E nos convidou para um churrasco... falei que poderíamos contribuir, pois tínhamos dinheiro... Seu Ismael não aceitou e disse para entrarmos... fui nos caiaques avisar o Anderson.... ele nem acreditou quando contei que tínhamos sido convidado para um churrasco.
Picanha, salada, Coca-Cola, um dos melhores almoços que tivemos, com a fome e sede que estávamos. Ficamos emocionados, pois aquela família nos trouxe para dentro de casa e nos tratou super bem....
Ainda disseram que éramos iluminados, pois ao chegarmos a água e luz que estavam faltando haviam voltado. Com o Sr. Ismael Zanetti, Dona Irma, Filha Denise e seu Marido Salinas comemos e conversamos bastante... Depois nos despedimos e tiramos fotos com eles... Eles foram até a beira da água com a gente...
Bem alimentados e com o tempo ajudando, seguimos adiante em direção ao Farol Cristóvão Pereira. Ainda encontramos outra boia verde em terra... paramos e fizemos um momento de descontração.
Alcançamos o farol às 20 horas da tarde. A curva para chegar no farol era grande e demoramos para ver este farol também. O final de tarde estava muito bonito.
Aproveitei para tomar aquele banhozito de final de tarde...
No local onde paramos, uns 500 metros antes do Cristóvão, encontramos uma churrasqueira de latão, uma pena que não tínhamos carne ou peixe para assar, apenas duas batatas doce. Foi a nossa janta. Antes da janta rolou até um chimarrão...
Parecíamos dois bichos do mato.... noite escura, a churrasqueira cheia de madeira e pinhas queimando, nos dois sentados no chão, bem atirados na areia, imundos, comendo batatas doce já meio estragada pela umidade... Depois até uma pescaria o Anderson tentou... não pescou nada e ai fomos dormir... sempre com o velho facão abre mato do lado.
Neste dia alcançamos nossos objetivos, conhecemos os dois faróis e ainda conhecemos uma maravilhosa família em Tavares... coisas que só a Lagoa dos Patos pode nos oferecer... uma experiência de vida.
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