20/04/2020

Remada Águas de MARço - DAYOFF na pousada Maktub e logística de volta

16/MAR/2020 - Segunda - DAYOFF na pousada Maktub

Tomamos um café da manhã top na pousada e passamos praticamente o dia todo conversando com o André Issi e a Teresita, escutando suas histórias de aventura e da construção da pousada. O alemão pegou boas ideias para a escada do recanto.

No final da noite, chuva, mas fizemos um belo churrasco na pousada, juntando todos que estavam por lá. Carne acompanhada de vinho e cerveja.






Muitas risadas, até o final da noite..

17/MAR/2020 - Terça - Logística de volta


A Guarda amanheceu com o dia feio novamente, e decidimos que seria o fim da remada. Tomamos café já pensando numa forma de voltarmos para a casa. As questões do Coronavirus estavam cada vez mais presentes e já não fazia mais sentido estar longe das pessoas que gostamos. Além disso, a previsão do tempo não indicava nenhum tipo de melhora nos próximos dias... Tudo se alinhou para nossa volta.

Busquei no aplicativo BlablaCar uma carona até Maquiné. Lá fui eu. Cheguei perto de Maquiné pelas 21:00.  A Tiane me buscou no posto, me levou até o Recanto e tomei um bom café para não ficar com sono. Fiz o carro do alemão pegar, fazendo a tradicional chupeta...

Parti rumo a Guarda novamente, sozinho... Passei num posto e comprei tudo que era porcaria para tentar não ficar com sono... Cheguei na pousada Maktub já era 1 hora da madrugada... Caí no sono.

18/MAR/2020 - Quarta - Voltar é preciso...

Acordamos e começamos os preparativos para a volta, mas sem antes tomar um bom café da manhã. Era hora de levar para casa aqueles que nos possibilitaram fazer essa bela remada... 







Saímos da pousada era quase meio dia, depois de vários abraços e agradecimentos ao André e a Teresita. Obrigado pela hospitalidade....

Naquele dia, chegamos todos bem, cada um na sua casa... Foi uma remada espetacular, me fez querer cada vez mais ir pro mar, onde as coisas são mais dinâmicas, mais complexas, nos fazem analisar mais... Mas são muito mais bonitas, divertidas, prazerosas...

A parceria foi nota 10, os dias foram como eram para ser... Uns bons outros nem tanto... Faz parte... Nesse tipo de atividade a gente se adapta ao ritmo da natureza, e para de querer que tudo se adapte ao nosso ritmo... Encontramos pessoas que nos deram todo o apoio, muito mais que o necessário. Fica aqui nosso agradecimento, de que sem elas a jornada teria sido bem mais difícil, e menos divertida... Obrigado pela companhia dos que nos acolheram.

Fica aqui o convite de um remador que pela primeira vez fez uma remada maior no mar: bora se aventurar nessas águas salgadas, vale muito a pena...

Remada Águas de MARço - da baía de São José até a Guarda do Embaú

15/MAR/2020 - Domingo - da baía de São José até a Guarda do Embaú

Outro dia espetacular começava na nossa jornada. Muitas opções, poucas certezas. Pensamos nas opções do dia que eram: parar em Naufragados, parar na Pinheira ou finalmente na Guarda do Embaú.

Não acordamos muito cedo, lá pelas 7:30. Tomamos um bom café, oferecido pelo Davi, incluído na diária. Nesse momento o Malex já estava por lá. Eles dois iriam remar um trecho junto com a gente, num Orca Duplo. Fomos levar as coisas para a beira da baía de São José, de carro (que alegria). No início da remada tivemos que fazer alguns ajustes nos finca-pés do duplo, mas depois foi de boa... Depois de quase 2 horas de remada, a gurizada decidiu voltar... Iriam pegar uma ventarola contra...
Despedidas e cada um seguiu seu rumo... nós pro sul, eles voltando pro norte. Estava bem divertido remar com eles.






Estávamos remando mais perto do continente, quando eles decidiram voltar nós decidimos atravessar para o lado da ilha, para ficarmos mais protegidos do vento e ondas... Passamos bem na frente da Ilha do Ilha do Largo e fizemos uma parada em Caiacanga. O vento estava forte naquele momento. Uma prainha bem calma, com alguns moradores descansando na beira do mar, brincando com bebês e cachorros.

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Seguimos em direção a Naufragados, costiando a ilha. Estava preocupado com a saída em Naufragados, mas a água estava muito calma, parecia um lagoão. Pensamos em parar na Fortaleza Nossa Senhora da Conceição, mas não encontramos ponto para desembarcar. Seguimos remando e decidimos ir até a Guarda do Embaú.



Passamos pelo Vale da Utopia, próximo aos costões, que faziam uma confusão nas ondas. Lembro que a água estava bem gelada naquele momento. Sem dúvida, é um dos trechos que mais me marcaram, entre a Pinheira e a Guarda...


Chegamos na Guarda do Embaú no final da tarde. Estava lotada. Entramos pelo Rio da Madre e paramos bem na frente da rua da pousada Maktub. Em alguns minutos chegou nosso grande amigo André Issi.












Foram uns 37 km até chegar na Guarda... dia top também.



Nesse momento, já havíamos conversado sobre planos B, C ... Z. Um plano era parar ali mesmo na Guarda, outro era seguir até Laguna, entrar na Lagoa Santo Antônio e encerrar no centro de Laguna. Isso porque já sabíamos que não era possível chegar até Torres, com tantos dias parados. Ficamos aguardando a previsão dos próximos dias para decidir nosso futuro. Enquanto isso aproveitar a companhia dos amigos André e Teresita...

Estratégia que dá certo a gente não muda assim... Terminamos o dia metendo um lanche com cerveja com os amigos da Pousada Maktub...



Remada Águas de MARço - de Zimbros até a baía de São José

14/MAR/2020 - Sábado - de Zimbros até a baía de São José

Foi dia de acordar cedo, acho que pelas 5:30, as tralhas já estavam todas organizadas nos caiaques e a pousada era na beira do mar. Tomamos um café da manhã e nos despedimos do amigo Sander, agradecemos toda grande ajuda e fomos em direção a Ilha dos Ganchos. As férias dele também já estavam acabando e ele iria voltar para o RS naquela manhã.





Baía de Zimbros muito calma, o mar começou a se apresentar quando passamos a Ponta de Zimbros, mas não era nada de mais, apenas aquele swell gostoso. A bússola apontava exatamente pro Sul. 

O Leonardo chegou um pouco antes na Ilha do Ganchos e foi dar uma caminhada pela mata. Eu cheguei um pouco mais tarde e fiquei só ali pela beira, curtindo aquela paisagem, que é uma das mais belas de todo litoral catarinense. Quando estávamos na ilha, um grupo chegava de barco, acho que iriam passar o dia lá pescando e bebendo. Seguimos em frente.









De lá seguimos pra Ilha de Anhatomirim, que eu ainda não conhecia. Fizemos uma remada bem mais costeira até lá. Muitas casas de luxo na beira do mar, e um grande fluxo de lanchas e jet skis. Paramos por lá, estava cheia de turistas, com um grande fluxo de embarcações, chegando a saindo a todo momento. O alemão ficou fazendo um lanche e descansando, enquanto eu fui fazer uma visita não guiada para conhecer a ilha e a fortaleza.













De lá, o Leonardo falou com o Davi, do grupo Oceânicos Floripa, que nos ofereceu a casa dele para passar a noite. Ainda faltavam 25 km até lá, mas o vento estava a favor, e o Davi falou alguma coisa sobre churrasco... Aceitamos o convite na hora e lá fomos nós.


(Passando por Ratones Grande)

(Passando por Ratones Pequeno)

O vento aumentou, mas a nosso favor. Ondas que nos permitiram testar as saias, que ficaram muito boas depois da reforma com isolante líquida. Passamos entre Ratones Grande e Ratones Pequeno e tentamos aproar para a Ilha dos Bombeiros... Naquele momento, surfar já não era opção, era quase obrigatório... Paramos na ilha para comer alguma coisa. Lá estava rolando um encontro dos radioamadores de SC. 

Ficamos alguns minutos por lá, mas a imagem da Ponte Hercílio Luz nos chamava... Seguimos em direção a ponte, já aproando mais para o lado do continente. 



Ao passar pelas pontes, um sentimento bom, de conquista, de felicidade, de superação. Comemoramos... Lembrei do dia que o Damor nos levou lá para um passei e ficamos conversando como seria o momento de passar lá por baixo... Passamos e parece que o mar acalmou, não sei se por causa da estrutura da ponte, mas pouco importa, ele acalmou...



Fomos contornando e entrando na baía de São José, olhando para os pontos de referência até encontrar o local que o Davi nos indicou. É uma baia linda, com várias pedras. Quero remar por lá novamente, com calma, para conhecer bem o lugar.



Chegamos no ponto de encontro. A casa do Davi ficava a 2 quadras da beira do mar, mas ele veio de carro, carregou todas as tralhas. Levamos apenas os caiaques vazios. Ele nos ofereceu um baita café da tarde, um churrasco e um lugar para descansarmos. Valeu Davi, obrigado pela sua hospitalidade...



Remamos 55 km, muito por conta do vento a favor, e também pela oferta do churrasco, sabe como é...