22/02/2015

Expedição Lagoa dos Patos 360º: 2º dia - Rio Grande - Ponta Rasa

Dia 2 (05/01/2015): Neste dia, tínhamos como meta alcançar e até acampar na Ilha da Sarangonha. Seria um trecho longo de remada, de aproximadamente 50 km. Tínhamos também que compartilhar uma decisão importante: como, onde e quando o Lucas iria voltar para o Laranjal?

Ah, nem expliquei: o Lucas estava tão pilhado em remar mais um tempo junto, que em vez de voltar pelo mesmo caminho que fomos até Rio Grande (Ilha dos Marinheiros, Ilha da Torotama), resolveu nos acompanhar até a Ponta Rasa e fazer a travessia sozinho para o Laranjal.

Nos despedimos do Seu Darci, agradecemos toda a ajuda e fomos embora, remando costeando a cidade de Rio Grande... passamos pelo imponente Mercado Público... Depois atravessamos todos juntos o trecho da Lagoa que separa Rio Grande de São José do Norte. Foi uma travessia um pouco mais complicada, pois a corrente é extremamente forte, nos empurrando para o mar.









Após a travessia, chegamos em São José do Norte e fomos costeando até a Ponta do Retiro. Fizemos uma parada e fotografamos um pouco por lá. O lugar era muito bonito, dunas altas, areias brancas e conseguíamos ver a cidade de Rio Grande ao fundo...











Na saída, o Anderson intencionalmente quase quebrou o remo na cabeça de um peixe, e depois eu consegui pegá-lo com as mãos... Logo o Anderson mostrou seu dotes de pescador e limpou o peixe, guardando num saco plástico... Quem sabe essa seria a janta para mais tarde.



De lá, fizemos outra travessia, de uns 10 km, cruzando todo o Saco do Mendanha, em direção a uma comunidade chamada Capivaras, logo depois do Passinho. Nosso objetivo inicial era chegar no Passinho, mas erramos a pontaria... Nessa comunidade, paramos e fomos encontrar uma venda (sinônimo de bar, bolicho, buteco) para comprar alguns alimentos... Depois disso, comemos e descansamos na sombra. Também conversamos com um pescador chamado Eduardo, que nos deu algumas dicas.









Quando estávamos arrumando os barcos para sair de lá, o Lucas começou a se preparar para fazer a travessia... até um paddle float improvisado ele fez utilizando um saco estanque... Achamos perigoso, queríamos que ele fizesse a travessia na outra manhã, logo cedo, pois a chance era de ter uma Lagoa mais lisa... Mas ele decidiu ir. No entanto, apesar de preocupados, tínhamos certeza que tudo iria dar certo, pois ele estava dominando o caiaque Xavante I, coisa para poucos remadores...



Logo em seguida Lucas nos deixou, em direção a Ilha da Torotama, ponto mais próximo de travessia, uns 13 km de Lagoa aberta, atravessando o canal de navegação. Acho que ele iria enfrentar o seu maior desafio na canoagem... e sozinho... Pedimos para tentar entrar em contato de qualquer forma, para que pudéssemos ficar tranquilos e sabermos que ele estava bem.




De lá seguimos para a Ponta Rasa e em torno das 17 horas, após passar por um pequeno canal, decidimos ir até a Ilha da Sarangonha. O Joel e Ligeiro já haviam me alertado que não havia nada lá, mas resolvemos ir... Era aquele pensamento: se já que estamos aqui, não custa remar mais um pouco e conhecer e ilha, quem sabe acampar por lá.

Acho que foi uma das únicas decisões erradas que tomamos, pois era tarde, estávamos cansados, tinha muito vento e corrente contra e não conhecíamos a Ilha. Em uns 50 minutos estávamos chegando na ilha da Sarangonha, que fica bem na frente do Trapiche do Laranjal. Entretanto, a ilha estava com as margens bastante encobertas, devido ao alto nível da Lagoa dos Patos. Não existia a possibilidade de acampar por lá. Era junco para tudo que é lado... Então fizemos toda a volta na ilha para tentar achar lugar... Que nada... E o vento estava apertando...


Tivemos que seguir remando, mesmo cansados e desanimados, contra o vento e as ondas, de volta para a Ponta Rasa. Continuamos até passar a vila da Várzea. Montamos acampamento com alguma dificuldade devido ao cansaço e ao vento. Apesar disso, o lugar era muito bonito e a noite foi tranquila, sem nada de chuva.







O trajeto feito está apresentado, de forma aproximada, no mapa a seguir, totalizando 48 km. O Lucas fez a travessia, apresentada em amarelo, e acho que acabou remando perto de 51 km:


2 comentários:

  1. Sorte de vocês que não deu para ficar na ilha Pablo, pois diz que tem muita cobra por lá.

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    1. Fala Remy,
      Pois é, já tinham me falado que lá é lotado de cobras...
      E que não tinha nada de muito interessante por lá...
      Mas como estávamos tão perto e não sabíamos quando voltaríamos por lá... resolvemos ir...
      Abraços

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