11/12/2018

A INCRÍVEL VIAGEM DE SHACKLETON

Ao terminar de ler o livro A INCRÍVEL VIAGEM DE SHACKLETON de ALFRED LANSING, procurei algumas resenhas na internet... Achei uma que trazia perspectivas de liderança muito interessantes. Copiei os trechos abaixo, na íntegra, do site RESENHAS, escrito por DIEGO ANDREASI. Ao texto adicionei algumas imagens, já que o livro é carente de ilustrações.



POR INDICAÇÃO CHEGUEI AO LIVRO A INCRÍVEL VIAGEM DE SHACKLETON DE ALFRED LANSING. UM DOS MELHORES LIVROS DE LIDERANÇA QUE EU JÁ LI. FOI ATRAVÉS DESTE LIVRO QUE APRENDI QUE LIDERANÇA É MUITO MAIS DO QUE UMA SIMPLES ANALISE DE CARACTERÍSTICAS OU PRINCÍPIOS.

No verão de 1914, o capitão Sir Ernest Shackleton parte a bordo do Endurance em direção ao Atlântico Sul. O objetivo de sua expedição era cruzar o continente Antártico, passando pelo Pólo Sul, mas pouco antes de alcançar sua base original, o Endurance fica preso no gelo e acaba sendo destruído.

Por quase seis meses, Shackleton e sua tripulação sobrevivem nas placas de gelo (banquisas) em uma das mais inóspitas regiões do mundo, até que conseguem iniciar sua tentativa de salvação nos botes salva-vidas. Com recursos escassos, seu desafio de sobrevivência era imenso, mas, após quase dois anos do início da viagem, Shackleton fez com que todos conseguissem retornar com vida.








Apresentada a história, gostaria de compartilhar agora algumas das minhas anotações feitas nesta excelente obra:

O líder deve ser o primeiro a dar o exemplo, sempre.

Shackleton não gostava de receber tratamento diferenciado dos outros homens, insistia para que fosse tratado da mesma forma, mas isso era quase que inevitável, não que seus homens o bajulassem tal como nos acostumamos a ver nos dia de hoje, tudo ali era uma questão de respeito, respeito por um homem que mais tarde salvaria suas vidas nas condições mais adversas e inimagináveis possíveis.

Era bastante participativo e costumava estar sempre presente, participando de todas as atividades dos demais membros da expedição. Achava que tinha sido ele quem metera os homens naquela situação e que assim cabia a ele a responsabilidade de tirá-los dela.

Para ele não havia descanso e nem fuga, a responsabilidade era inteira sua e por isso permanecia extremamente atento aos criadores de problemas em potencial, que poderiam afetar a unidade do grupo.

Sempre que uma ordem difícil precisava ser passada, Shackleton fazia questão de ser o primeiro a executá-la. A mais difícil delas talvez foi no exato momento no qual a tripulação precisou abandonar o navio que estava prestes a afundar. Foi dada a ordem para que os marujos carregassem apenas o essencial e Shackleton não hesitou em ser o primeiro. Deixou para trás uma bíblia dada de presente pela rainha Alexandra, um presente de valor inestimável na época.

Quando uma ordem difícil precisa ser passada, você é o primeiro a dar o exemplo? Você se considera participativo nas decisões do seu grupo? A propósito, será que você conhece mesmo o seu grupo? Será que sabe identificar quem são os principais criadores de problema?

Rotina, a maior causa de desmotivação

A rotina era algo terrível para os homens. Era fato que a tripulação estava reduzida a uma total impotência, não haviam metas e nem mesmo um pequeno objetivo que pudessem pretender atingir.

Estavam diante de uma incerteza total e esse sentimento de impotência foi demonstrado em uma frase de um dos homens que disse que “qualquer coisa era melhor do que ficar na inatividade.” A monotonia, junto com a falta de comida, eram disparadas as principais fontes de reclamação.

Em uma situação parecida com a do Endurance, um outro navio chamado Bélgica, alguns anos antes, também ficou aprisionado no mesmo mar de Weddel. Sua tripulação foi sendo contaminada por uma estranha melancolia e a medida que se passavam as semanas, essa melancolia foi se tornando mais profunda, transformando-se primeiro em depressão e depois em desespero. Com o tempo, os homens praticamente não conseguiam mais concentrar-se e nem mesmo comer.

A fim de evitar os sintomas assustadores da loucura que viam surgir neles mesmos, decidiram passar todos os dias andando em círculos em torno do barco, numa caminhada que ficou conhecida como o “passeio do hospício”.

Shackleton sabia que o grande segredo era manter os homens ocupados, percebeu que essa atitude contribuía em muito para a sensação de bem estar do grupo. Procurava oferecer a seus homens distrações divertidas para que eles não caíssem na loucura, sempre incentiva o ambiente descontraído para ajudar a passar o tempo.

A rotina é um problema para os seus funcionários? Você já parou para pensar nesse problema? Ou melhor, você sabe como evitar esse problema?

Primeiro resolva as necessidades básicas

Como já mencionado, a comida era um grave problema, uma das principais preocupações da tripulação. Somente quando a fome era saciada, os pensamentos da tripulação voltavam a pensar novamente em como sair do gelo, era impossível querer pensar e agir de estomago vazio.

Tudo valia para combater a fome, até sacrificar os preciosos e queridos cachorros trazidos para a expedição. Esse momento é retratado em um desabafo feito por um dos homens da tripulação “um homem só precisa estar aquecido e com a barriga cheia para ser feliz”.

O desejo de sobreviver logo dissipou qualquer hesitação em relação aos meios empregados na obtenção de alimento. Como a munição era limitada, sempre que possível eles precisavam matar as focas com as mãos, os golpes eram cuidadosamente executados pois até os miolos dos animais precisavam ser aproveitados.

Você sabe quais são as necessidades dos seus funcionários? Será que eles não estão rendendo o suficiente por estarem preocupados com alguma outra coisa? Será que você pode ajudá-los em relação a isso?

Uma hora todo mundo erra

Shackleton percebeu mais tarde que um líder não pode cometer equívocos ou dar maus exemplos. É interessante saber que, de todos os inimigos presentes na expedição, como a fome, o gelo e o mar, o ele que mais temia era a perda de sua moral.

Certa vez Shackleton se recusou a deixar seus homens buscarem focas já abatidas, alegando que já tinham comida suficiente. A tripulação, mesmo contrariada, aceitou suas ordens.

Ele deveria prever que haveria períodos de crise de estoque de comida, e quando esse período finalmente chegou, os antigos ressentimentos da tripulação contra a recusa de Shackleton em recolher toda a caça possível esteve perto de se tornar uma grande confusão.

Shackleton nunca admitiu e nem justificou tal ato para a tripulação, mas aprendeu que uma decisão mal tomada pode trazer seqüelas para o resto da vida.

Você é corajoso o suficiente para saber admitir seus erros e humilde o suficiente para saber como voltar atrás?

Termino o texto com uma frase marcante também escrita por um dos tripulantes da navegação:
“É apenas em condições extremas que você começa a dar valor na vida”

E será que alguém duvida disso?

Links e referências:

- https://thestandardedition.com/2009/12/13/shackleton/
- https://jovemadministrador.com.br/a-incrivel-viagem-de-shackleton/

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