03/11/2013

Ipanema sedia campeonato de Stand Up Paddle na Capital

















Há sete anos no Brasil, o Stand Up Paddle (SUP) — aquele esporte em que o praticante vai em pé em uma prancha e usa remos para se movimentar — já arrebanhou tantos simpatizantes que até campeões mundiais o país já tem. E alguns dos mais bem rankeados participaram neste sábado do Campeonato Brasileiro de Stand Up Paddle na orla de Ipanema, na zona sul de Porto Alegre.

O SUP é um esporte em que é possível evoluir rapidamente. Foi o caso de Douglas Gurgel, 27 anos. Em dois anos ele se tornou um competidor à altura de campeonatos como o deste sábado, no qual disputa com feras do esporte na categoria Open. Ele também já participou de torneio mundial.

— Estamos todos colados em pontos. E aqui estão os melhores profissionais do Brasil — disse.

Esportistas de 15 Estados estão em Porto Alegre para o evento, que vai até este domingo. Entre os mais conhecidos estavam Luiz Guida, o Animal, que ficou entre os 10 primeiros do mundo no Havaí e é o segundo do ranking brasileiro, Paulo dos Reis (primeiro do ranking nacional) e Vinnicius Martins (terceiro do ranking). Entre as mulheres, destacavam-se, pela ordem do ranking, Barbara Brazil, Lena Guimarães e Ariela Pinto.

Presidente da Associação Brasileira de Stand Up Paddle (Absup), Ivan Floater comemora que o esporte teve rápida aceitação no Brasil. Uma das causas do grande número de competidores que rapidamente alcançaram nível mundial é que o SUP é mais fácil para quem já tem prática em outros esportes de rendimento, como winsurf ou maratona. Floater, que é paulista e vive em Santa Catarina, elogiou a orla do Guaíba, ressaltando que poucas capitais têm essa proximidade com uma praia tão propícia à prática de esportes, e chamou a atenção para a particularidade da região:

— O diferencial do Guaíba é que o tempo é imprevisível. A direção do vento pode mudar a qualquer momento e favorecer alguém ou exigir tecnicamente de outro participante.

Floater não poderia deixar de comentar sobre a orla poluída do Guaíba. Sorridente, salientou a característica do esporte de haver pouco contato com a água. Ao mesmo tempo, enalteceu a presença do público na areia. A retomada da praia pela população também é um dos objetivos do evento, o que deu certo. A areia ficou cheia de gente acompanhando a disputa sob um céu nublado com aspecto de chuva, em um início de tarde muito abafado.

Conforme o presidente da Associação Brasileira dos Esportes de Praia (Abep), Alexandre Maia, cerca de 120 atletas participam do torneio. Os profissionais percorrem 12 quilômetros e os amadores, seis. A prova realizada no início da tarde deste sábado duraria cerca de uma hora e meia.

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