07/01/2013

Remada no Rio Camaquã - 60 km

Data: 19/01/2013 - 22/01/2013
Participantes: Damor, Sandro, Pablo, Orildo
Distância: 60 km
Todas as fotos

Relatos:

Preparativos (Sexta-feira):



12:00 fomos (Pablo, Sandro, Orildo) na SAVA para pegar os caiaques com o Jayme... Pegamos os caiaques, e levamos até a casa do Damor... deixamos o caiaque Lontra (laranja) por lá. O caiaque Apache (verde) veio em cima do carro do Sandro até o SERPRO. Muito bem preso, com o nó de caminhoneiro... :P

16:00 Damor, Pablo e Orildo foram para a casa do Damor arrumar as coisas na camionete... colocamos os caiaques na S10... todas as tralhas na caçamba... deu bastante trabalho...

O Pablo e o Orildo que estavam com o carro do Sandro, foram comprar carne e cerveja no Moacir... depois passaram no SERPRO para buscar o Sandro... que ainda estava trabalhando.... isso já eram 17:00.

17:30 Todos em direção a pousada Costa do Camaquã... no Sandeiro estavam Pablo, Orildo e Sandro... na S10 estava o Damor e sua família... Os dois carros se encontraram em um posto na beira da estrada... combinamos algumas coisas... e fomos em direção a pousada.


20:30 Passamos sobre a ponte do rio Camaquã, em Encruzilhada do Sul, local que era o destino final da aventura.

O carro do Sandro, com o Orildo e o Pablo já um pouco alegres (além da conta), seguiu em direção a Santana da Boa Vista, enquanto o Damor foi até camping, que existe ali ao lado da ponte, para ver as condições. Conversou com o dono e percebeu que a hospitalidade foi boa.

21:30
Chegamos todos na Pousada Costa do Camaquã em Santana da Boa Vista.

Fizemos um baita churrasco, tomamos um baita trago e dormimos na cabana alugada. Damor e família no 2º andar, Orildo e Sandro no 1º andar e o Pablo dormiu no carro. Todos muito bêbados....

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1º dia (Sábado):

- Tomamos café, tentando nos recuperar da ressaca.... Nós fomos de carro até a margem do rio um pouco antes da ponte, e ali montamos tudo nos caiaques. Sandro foi caminhando, tirando fotos com a finada máquina... Foi uma grande trabalheira... era a primeira de muitas vezes que iríamos repetir esse ritual. O peso nos caiaques foi além da conta.

- A família do Damor sempre junto, nos ajudando, nos dando apoio... escutando nossas bobagens :)

- O "caiaque" do Orildo não parava de vazar ar, depois de um pouco de trabalho, apertos daqui e apertos dali, sim, tudo certo.

13:00 Tudo pronto e partimos rio abaixo, a Lúcia, Raíssa e André foram à Riveira. Antes de partirem de fato, nos encontramos na ponte.... gritaria de cima (Lúcia, Raíssa e André) e gritaria de baixo (Pablo, Sandro, Damor, Orildo)...

Começou a remada :)

1ª queda: Damor se desequilibra numa água calma e vira.

1º tranco: Damor erra a entrada em uma corredeira e tranca num galho, com esforço consegue voltar devagar e pega o caminho correto.

- O Orildo para e verifica que o caiaque perdeu a quilha, assim fica muito difícil de remar e a toda hora o caiaque dava cavalinho de pau 180º, atrasando o avanço no rio.

2ª queda: Damor não consegue mais se equilibrar e vira novamente - o Pablo vem ajudar e ambos encostam numa margem muito estreita para verificar o que aconteceu. Naquele local o cheiro era de merda. Pablo não sabia se era o Damor que tinha se borrado todo ou naquela margem havia um depósito de folhas muito grande... :P

- Os 2 descobrem que está entrando água no caiaque do Damor e tiram o vedante do bujão para esgotar a água. Assim, o Damor consegue remar novamente até uma ilha, onde tudo é novamente acertado. A água está entrando porque o peso é muito grande e a traseira do caiaque estava dentro da água. Reacomodam os pesos nos outros caiaques e partem novamente.

Depois disso o Damor sempre perguntava como estava a bundinha dele.... se estava impinadinha?

- Mais algumas horas de remada e paramos para pernoitar.

- Colocamos os barcos num banco de areia e o acampamento foi feito numa barranca a uns 3 metros de altura. Passamos muito trabalho para levar as coisas para cima. Isto foi assim para evitarmos algum perigo de chuvarada a noite, o que não aconteceu.

- Banho no rio e todos estavam com as forças renovadas.

Não chegamos a junção dos três rios... ainda não sabíamos se estávamos no caminho correto... Damor estava preocupado com isso....

- Acampamento 1ª noite: muita lenha e fogo, o Sandro e o Pablo assaram o pedaço de vazio, enquanto o Orildo fazia o carreteiro. Tomamos um pouco de cachaça, Damor no seu tradicional uísque... ele não comeu nada do vazio... Passou o tempo todo preocupado com as coisas (estilo paizão)...

Orildo preparou o rango... carreteiro com o resto do churrasco da noite passada... :)


Pessoal falando bobagens... blábláblá....

- Garoou à noite, com um pouco de vento, tudo tranquilo.
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2º dia (Domingo):

Acordamos tarde... e verificamos que acabou o gás, tomamos um cafezão reforçado, esquentado nas brasas da noite anterior, arrumamos todas as tralhas... colocamos tudo em cima dos caiaques e fomos para o rio...

O Orildo não parava de reclamar do seu "caiaque" K2 Challenger... e já começou com aquele papo de "no primeiro lugar que der vou parar"... tentando desmotivar a equipe.

Passamos pela junção dos três rios.... Este momento foi um tanto quanto tenso.... Damor tombou novamente... Sandro também... Depois de passar pela junção... Damor ficou feliz pois estávamos no caminho certo (ninguém entendia essa preocupação.... pois só havia um caminho)... eram 12km de remada...

Mais uma vez não paramos para almoçar... Esta foi uma lição aprendida... não planejar almoços.... apenas lanches rápidos...

Nesta parada, o Damor abandonou mais uma vez o liquinho de gás e o fogareiro, junto com uma térmica e um fardo de cerva, colocamos num barranco na margem do rio , local que algum campeiro passará para pegar e certamente ficará muito feliz.

Já estávamos enxergando o paredão... de longe... O pessoal não queria atravessar uma corredeira que existia.. já estavam um tanto quanto ressabiados com os tombos... ela era em uma curva... acharam que iriam bater nas árvores que tinha na margem.... começaram a descarregar os caiaques... iriam carregar tudo uns 200 metros... pelo meio de um mato, cheio de pedras...

O Pablo decidiu descer de caiaque... não queria carregar as coisas... remando forte desceu sem problemas... parou o caiaque em um ponto seguro e voltou para ajudar a galera... Sandro pediu para atravessar o seu caiaque... foi feito... Orildo tomou coragem e foi atrás, com muita destreza no K2 Challenger... Pablo voltou novamente o atravessou o caiaque do Damor...já que estava vazio, e ele tinha passado todas as tralhas pelas pedras.




Esvaziamos os caiaques... organizamos tudo... e continuamos... rumo ao paredão...

Passamos pelo paredão (concluindo 21km do trajeto) muitas rajadas de ventos .... e acampamos logo depois...


Nos dividimos para agilizar o processo... Sandro e Pablo foi buscar lenha... Damor e Orildo foram arrumar a barraca e o acampamento... Tomamos o tradicional banho de rio...  O Pablo e o Sandro montaram um fogão campeiro... de pedras e com a grelha...


O Damor deixou seu caiaque bem longe das barracas, pois na manhã seguinte não queria descer a corredeira.. iria passar caminhando... o Orildo preparou o rango... massa com o resto do vazio da noite passada... :) + batatas assadas no papel laminado....

O Damor confessa que não aproveita a noite... gosta mais do dia... a noite gosta de  dormir... Orildo foi dormir cedo, junto com o Damor... Pablo e Sandro ficaram conversando... tomando um trago e botando muita lenha pra queimar...

Neste dia o Sandro verificou a morte de sua máquina... foi um momento de grande tristeza...
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3º dia (Segunda):

6:00 O Pablo acordou cedo.... fez o fogo... botou água para o café... tirou várias fotos... pessoal todo dormindo... O rio estava com uma névoa, pois a água estava quente e a temperatura  estava muito frio em torno de 10 graus.


Em seguida a galera foi acordando... tomamos o nosso café... arrumamos as coisas... A paisagem estava muito legal...


Todos descemos a corredeira que tinha logo depois do acampamento... ninguém caiu... voltamos a remar... o K2 challenger sempre em último lugar, devido ao problema na quilha...

Após algum tempo de remada vimos um barquinho atravessando o rio... remamos rápido para conversar com o barqueiro... O pessoal começou a conversa sobre carona, se alguém na volta tinha carro ou moto... papo vai... papo vem... Damor e Orildo decidem ficar por ali... iriam dar um jeito de pegar o carro que o Sandro deixou na pousada...

Em uma conversa sobre o futuro, perguntaram para o barqueiro sobre o trajeto dali em diante.. o barqueiro relatou que para frente existiam diversas "cachoeiras ou cascatas"... que até o Passo do Marinheiro seria um caminho difícil... tentando nos desestimular a continuar...

Combinamos de deixar um sinal no Passo do Marinheiro... se o pessoal do caiaque chegasse antes deixaria um sinal... se o pessoal do carro chegasse antes... esperaria...

O pessoal da terra iria ficar esperando o pessoal da água no camping de Encruzilhada... o objetivo era chegar até quarta-feira, meio dia... no ritmo que estávamos.... não iríamos chegar... tínhamos feito apenas 23km em um dia e meio...

Damor e Orildo brigam bastante... se desentendem... momento tenso... :) Pablo e Sandro pegam apenas o material necessário... deixam o resto tudo em cima do caiaque do Damor.

9:20 Despedida... Damor e Orildo ficam na margem... olhando... Pablo e Sandro saem remando forte... rumo a ponte de Encruzilhada...

Relato do pessoal na terra:



Damor e Orildo  se acertam fazem as pazes e se desculpam pelo ocorrido e mais calmos começam a grande empreitada de subir o morro cerca de 1000 metros de caminhada e uns 200 metros de altura até a  fazenda onde tinha um rapaz com uma moto.

Foram muitas idas e vindas para levar tudo, e no final tomaram um belo banho no rio.

11:00
Estávamos com tudo pronto e o Damor foi  tentar resolver o problema de transporte até o carro do Sandro.

O rapaz da fazenda, deu pra trás, disse que não poderia levar o Damor … Começava uma nova aventura, o Damor iria de moto até a casa de um vizinho que supostamente poderia levá-lo de carona até Santana da Boa Vista. Nada feito, a outra pessoa não estava. Então ficou combinado que quando ele chegasse, que seria dali a pouco, ele iria nos procurar.

Voltamos à fazenda, e o Orildo já tinha arrumado todas as tralhas perto de uma árvore.

Damor e Orildo conversaram sobre como convencer o rapaz da fazenda a levar o Damor... ofereceram R$ 50,00, nada... solicitou que ele levasse somente até a estrada, e dali Damor ia a pé, nada...

As desculpas foram que a moto estava muito velha e poderia quebras na estrada. O Orildo tentou conversar. Segundo o Orildo, o Damor estava muito nervoso e espantando o rapaz. O Orildo conversou e nada feito. Passaram mais ou menos 1 hora, Damor até sugeriu de ir a pé, mas desistiu. Pegaram novamente a moto e foram à casa do vizinho para saber o que tinha acontecido. Neste momento chegou o vizinho.

- O Damor explicou a situação, o outro rapaz entendeu e pediu mais um tempo para almoçar, para então partir. O carro que ele chegou era um FIAT e estava amassado a lateral, então foi perguntado o que tinha acontecido. O motorista disse que tinha se perdido em uma curva porque estava em alta velocidade e bateu forte em 2 árvores.



13:00 O Damor e o estancieiro partem em busca do carro do Sandro, de moto, sem capacete (bem coladinhos), numa moto sem velocímetro e toda estourada, foram 23 km de estrada de chão e 7 km de asfalto até o carro do Sandro.

Na volta, o Damor deu carona para um tiozão maluco que estava na estrada pedindo carona e foi até a casa de um parente, 14 km estrada a dentro.

Relato do pessoal na água:

Decidimos impor algumas regras na remada.... 50 minutos de remo, 10 minutos de descanso.... nas paradas, tomávamos banho, comíamos frutas secas, tirávamos fotos...

Pablo cai do caiaque pela 1ª vez... (única)... foi tudo tranquilo... principalmente pois estava usando o colete do Orildo...

14:00 Chegamos no famoso Passo do Marinheiro... conversamos com um pessoal que estava ali tomando banho … chegamos lá muito felizes pensando que a remada havia rendido bem mais que o esperado... tiramos muitas fotos... e deixamos em terra duas garrafas de água com metade de um mapa dentro de cada... além disso... Pablo escreveu com terra o número 14 nos papeis... representando a hora que haviam passado por ali...

Passamos por uma família que estava pescando em um pequeno barquinho... casal e dois filhos.... todos de colete... quase uniformizados...

Já estávamos nos sentindo mais confiantes nas corredeiras... mas em uma delas fomos prudentes e levamos os caiaques caminhando.... Pablo estava de chinelo e Sandro com a bota de mergulho... Pablo tirou o chinelo.... estava muito ruim de caminhar na água usando ele...



17:00 Paramos para montar acampamento... tentamos pescar.... tentamos nos localizar usando o GPS.... tomamos banho de rio... nessa hora havia um cachorro tranquilamente parado em cima de uma pedra, na outra margem do rio...



A família que havíamos visto, parou de barco pouco antes do nosso acampamento... do outro lado da margem... entrou no mato e sumiu.... o barco deles ficou ali.... parado....

O cardápio da noite foi massa, com carne seca e linguiça... para beber suco...

Tomamos 1 litro de cachaça... conversamos bastante...

Quase na hora de dormir... uma luz piscando do outro lado da margem nos intrigava... dormimos com o facão dentro da barraca...
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4º dia (Terça):

Relato do pessoal na água:


7:30 Acordamos cedo... tomamos café... arrumamos os caiaques... trajeto com várias pedras, várias corredeiras... estávamos mais tranquilos ao atravessar as mesmas...



Estávamos seguindo as mesmas regras.... 50 minutos de remada... 10 de parada...

Pablo estava com câimbra na mão... e sempre mais lento que o Sandro....

14:00
Avistamos a ponte... depois de uma longa reta, chegamos no camping... muitas fotos.. Sandro ficou emocionado :P Tirou muitas fotos da ponte :) Missão cumprida... :)



O Sr. Ildo disse: eu sou o dono.. vou chamar a caixeira (quem atendia no caixa)....

Pedimos fiado... 10 pastéis e 3 cervejas.... conversamos bastante com o dono do bolicho.. Sr. Ildo, usando bota, bombacha e uma prateada na cintura....

Na bodega, um pessoal que estava entregando cerveja relatou que no dia anterior tinha visto dois alemãezinhos apavorados... querendo saber como se chegava na rodovia...

Tomamos banho de chuveiro :) Dormimos ao lado dos caiaques...

16:40
Damor e Lúcia chegam buzinando... nos acordando... :)

Arrumamos tudo na S10... passamos na bodega para pagar a conta...

Pagamos as contas.... conversamos um pouco.... e rumo a capital...

22:00
Todos juntos, em meio a civilização, jantando em um restaurante japonês e conversando sobre as aventuras.... :) THE END :)
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5º dia (Quarta):

12:00 Lavamos e entregamos os caiaques para o Jayme.... ele não reclamou de nada. O Damor ficou contando toda a história de que entrou água no caiaque que ele comprou...